AS VIVÊNCIAS SOCIOCULTURAIS COMO POSSIBILIDADE DE RESSIGNIFICAÇÃO DO CONTEÚDO NA EJA

Abstract

O presente artigo resulta das reflexões que vêm sendo desenvolvidas no âmbito do Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos, na Universidade do Estado da Bahia. O objetivo principal consiste em identificar o registro das vivências socioculturais na legislação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) como resultado de mobilização social, bem como a necessidade de inserir essas vivências nos conteúdos da EJA em vista da ressignificação dos conteúdos pelos estudantes. Tomaremos como ponto de partida as experiências e reflexões cotidianas na docência da EJA, por meio das observações na escola e da prática docente, a partir de suas implicações com as vivências socioculturais, no contexto das transformações que afetam a escola no mundo atual. Para pensar a oferta e constituição legal dessa modalidade de educação historicamente no Brasil buscamos relacionar as conquistas efetivadas ou não, ao processo de lutas empreendidas pelos movimentos sociais. Para isso, a leitura de autores que discutem os fundamentos históricos da EJA, as políticas educacionais e a contribuição dos movimentos populares no processo de construção da cidadania, autonomia na EJA, serão enfatizadas neste artigo. Por fim, discutimos a construção do conteúdo pelo coletivo escolar por meio das vivências socioculturais, como necessidade primeira para a conquista da autonomia pelos estudantes da EJA.